Sim — parece que Gonçalo Brandão está a ganhar força no Casa Pia após o empate conseguido frente ao SL Benfica, no Estádio da Luz (2‑2) na 11.ª jornada da I Liga portuguesa. As evidências apontam tanto para a exibição da equipa sob o seu comando como para a perceção pública de que o técnico está a dar novo fôlego ao clube.
O que está a acontecer
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Brandão assumiu o comando do Casa Pia após a saída de João Pereira, numa fase em que a equipa vivia um momento atribulado.
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No jogo contra o Benfica, a equipa conseguiu um empate fora de casa, o que por si só é um resultado de importância, dada a condição de visitante e a “força” do adversário. Depois do jogo, o treinador destacou o espírito de missão, a união do grupo e a capacidade de “aguentar” perante adversário superior em posse e domínio.
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A própria imprensa refere que o resultado pode funcionar como “âncimo e crença” para uma equipa que vinha a sofrer muitos golos e com fragilidades já identificadas.
Porque isto alimenta o “ganho de força”
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Empatar na Luz perante o Benfica transmite sinal de que o Casa Pia, sob Brandão, está a encarar jogos grandes com outra mentalidade — não apenas como vítimas expectantes, mas como equipa que pode impor-se ou ao menos resistir.
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A mensagem transmitida pelo treinador reforça que a sua liderança é proativa: “espírito de missão”, foco em defender o clube e dar bons jogos — o que mostra que está a querer implantar uma identidade mais sólida.
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O timing também ajuda: assumir numa fase turbulenta, conseguir rapidamente um resultado relevante, cria confiança e apoio dentro do clube — o que favorece o seu “peso” nas decisões e na relação com plantel/estrutura.
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O facto de os jogadores serem elogiados (e não só criticados) pela atitude no jogo cria maior adesão à sua mensagem e, portanto, maior “força” para ele enquanto treinador‑referência.
Limitações e o que ainda está por provar
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Um único resultado, mesmo importante, não estabiliza automaticamente todo o desempenho: o Casa Pia ainda terá de demonstrar esse nível em mais encontros para que se torne padrão.
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O adversário, o Benfica, teve momentos de domínio, e o empate pode também esconder fragilidades da equipa que o Brandão ainda precisa corrigir.
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A “força” do treinador também dependerá de como ele gerir a sequência de jogos, as exigências da competição, lesões e calendário — manter o momento será o grande desafio.
Perspetivas
Com base no que se verifica, podemos antever que:
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Brandão poderá continuar a contar com mais margem de manobra, maior confiança da direção e do plantel, o que lhe permitirá implementar ideias com menos pressão imediata.
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O Casa Pia poderá passar a encarar jogos “grandes” com mais ambição — mesmo fora de casa — o que pode elevar a moral dos adeptos e a posição competitiva da equipa.
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Se os resultados continuarem positivos ou se mantiver uma performance defensiva mais sólida, a “força” conquistada poderá cristalizar-se numa preferência clara pelo treinador para o futuro (contrato mais longo, reforço do staff técnico, etc).

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